Pulsação

maio 24, 2007 at 12:34 pm (Minhas lamúrias)

Pulsação

Um beijo tão tocante,
Um carinho tão doce,
Um perfume tão suave,
Um sorriso tão sincero,
E uma mulher tão sedutora.

O nada transformou-se em tudo
Tão repentina e subitamente.
Um simples sorriso tornou-se um sol,
Um simples olhar tornou-se um caminho,
E um simples caminho despertou um amor.

Quero mostrar-te o que sinto,
Quero explicar-te o que digo,
Não são vagas palavras atiradas ao vento,
São palavras ditas com o coração.

Um coração fraco,
Um coração ferido,
Mas um coração sincero,
Um coração que agora é feliz.

Deste-me motivos para sorrir,
Para sonhar e acreditar.
Quero dar-te os mesmos motivos,
Quero dar-te os mesmos sonhos,
Quero dar-te o meu amor.

(Rio de Janeiro, 24 de Maio de 2007)

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I

abril 24, 2007 at 12:41 pm (Minhas lamúrias)

I

Tudo começou como mais uma aventura,
E com os dias, tudo foi se transformando
O mero acaso tornou-se uma vontade
E ao vislumbrar a razão dessa vontade,
A mesma tornou-se um vício.

O vício tornou-se algo prazeroso e ao contrário de outros
Não tornou-se um hábito inconsciente, ao contário,
Tornou-se algo mais lúcido do que jamais fora antes
Antes, queria eu achar uma palavra que sintetizasse as lágrimas e a dor,
Agora? Tento achar uma palavra que sintetize todo o amor que sinto.

Tornaste-te especial e essêncial com teu calor
Não perguntas-te se eu queria ou precisava,
Simplesmente agarraste meu coração e o tomaste para ti.
Teria pensado em amor a primeira vista,
Se não soubesse que minha alma já era tua desde sempre.

Tornar-me-ia um anjo para cuidar-te dia e noite
Velar teu sono e dar-te doces sonhos ao luar
Envolver-te em meus braços e aquecer tua alma
Escreveria músicas e textos intermináveis em tua homenagem
E nem assim daria vazão ao meu amor por ti.

Que estas linhas que escrevo tornem-se eternas
E que junto a elas, guardes nosso amor,
Para que nunca envelheça, deteriore e acabe,
Mantendo assim nossas almas unidas
E nossos corações vivos.

Rio de Janeiro, 22 de Abril de 2007

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Ana

abril 23, 2007 at 2:55 am (Minhas lamúrias)

Ana

Você me libertou dos meus pesadelos,
Onde os trajes eram negros e tudo era tão soturno
Em meio a tantas coisas que me faziam fraco, você surgiu
E com tanta facilidade, você me devolveu o ar
Me fez sorrir e sonhar novamente.
Cada minuto ao teu lado é a perfeição
E cada minuto longe é uma eternidade.
Teu amor liberta-me das correntes, da escuridão
E agora nem o céu é mais limite para os meus sonhos.

Nem mesmo me recordo de como era ser infeliz
De como era achar que estava sozinho
De como era achar que estava vazio ou pela metade,
Pois agora tenho a você e agora sinto-me completo.

(Rio de Janeiro, 09 de Abril de 2007)

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Esperança

abril 8, 2007 at 2:53 am (Minhas lamúrias)

Esperança

O teu sorriso carrega o brilho do luar
O teu carinho carrega o calor do sol
Teu olhos, lago sereno, refletem não só a tua alma,
Mas com tal pureza, a minha também.

O que pensar, se só penso em você,
O que dizer, se só consigo dizer que te amo,
Sentir teu corpo junto ao meu é como visitar o paraíso,
Pois teu amor é como um entorpecente que me tira as dores do mundo.

Como não me perder em teus olhos,
Um olhar doce, profundo
Que tanto diz sem nem mesmo tentar.

É com você que encontro minha felicidade
E perder-te seria deixar de respirar,
Seria voltar a dor de não mais me achar.

E então mais uma vez ficar perdido,
Tentando em vão ser feliz
Tentando em vão achar alguém como você.

(Rio de Janeiro, 07 de Abril de 2007)

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Mais Lágrimas Por Você

março 26, 2007 at 12:35 pm (Minhas lamúrias)

Texto feito umas 3 e pouco da madrugada de hoje.

Mais Lágrimas Por Você

Uma vida onde cada sorriso é seguido de uma lágrima,
Onde cada alegria é seguida de uma tristeza
E cada sonho é seguido de um pesadelo.

Uma vida onde cada vez que tenta-se chegar ao céu.
Tem-se como recompensa o inferno
E assim então o desespero toma conta.

Cada sorriso traz a alegria,
Cada alegria traz o sonho,
Cada sonho traz a lágrima,

Cada lágrima traz a tristeza,
Cada tristeza traz o pesadelo,
Cada pesadelo traz a vontade…

Vontade de tornar-me eterno e livre junto ao vento
Sem lugar para descansar, sem lugar para respirar, sem lugar para viver
Simplesmente sem nenhum sentido, sem rumo, sem você.

(Rio de Janeiro, 26 de Março de 2007)

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Mórbido

março 26, 2007 at 3:38 am (Minhas lamúrias)

Bom, um texto antigo que eu resolvi postar. Apesar de ser bem antigo e eu normalmente não gostar dos meus textos antigos, por esse eu tenho um carinho especial, é um dos meus “xodós” porque teve uma aceitação legal entre as pessoas para quem mostrei e foi um texto que sintetizou bem como eu me sentia na época.

Mórbido

Sinto-me sufocado…
Pelo fogo…do amor
Pelos fantasmas…do passado
Pelo odor da carniça…do meu corpo
Túmulos sombrios
Sepulcros frios e solitários
Trevas da noite
Vós que trazem…e levam…tantos
Natureza, que mãe és tu?
Que crias o homem
E o destróis,
O reduzes a simples comida de vermes
E os trazes de volta
Pelos filhos…sementes
Para que crias?
Já dizia Augusto em “Poema Negro”:
“Tu não és minha mãe, velha nefasta!”
Quem és tu então?
Que crias coisas tão diversas
Como a luz do dia
E o breu das trevas?
A alegria da vida
E a tristeza da morte?
A inocência da criança
E a maldade do adulto?
O calor do amor
E o frio da solidão?
…aliás, não eram estas últimas,
Coisas diferentes?

(Rio de Janeiro, 03 de Junho de 2002)

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A Vida é um Jogo de Azar

março 26, 2007 at 12:03 am (Minhas lamúrias)

A Vida é um Jogo de Azar

Talvez fosse melhor ter sido privado dessa última fagulha de felicidade,
Talvez assim a dor não fosse tão dilacerante…Se eu tivesse perdido esse sorriso
E aí quem sabe, o dia não teria tornado-se um imenso mar com o sabor salgado de lágrimas
E talvez eu pudesse então viver um dia normal ao invés de permanecer na inércia e esperar o fim da agonia.

E tentar fechar os olhos, é o mesmo que querer voltar no tempo, fazendo assim com que a dor aumente,
Fechar os olhos é ver todos os detalhes desse sonho e sentir no ar o teu perfume
E abrir os olhos é ver todos os detalhes desse pesadelo e sentir o coração apertar, com a saudade e a tristeza
Em minha mente passou-se muito tempo, mas em meu coração o amanhã ainda não aconteceu.

Como se nada pudesse me ferir, deixei-me inebriar por tal sentimento, sem medo da dor
Mas como uma velha conhecida ela esperava na curva da esquina, para abraçar-me novamente.
Sucumbi então novamente a este inferno, a este mundo que tanto abomino e repudio
Mas mesmo com a dor, ainda aguardo o que me salvará, ainda aguardo o teu sorriso, a tua voz, tua mão.

Ainda não quero crer que foi tudo uma armadilha do destino, uma brincadeira de mal gosto
Não quero aceitar que mais uma vez perdi, sofri e mal tive tempo de levantar, de tentar seguir
Ainda não desisti do amor e não vou me deixar derrubar por essa maldita dor. Não perderei de novo.

(Marcelo Henriques Cortez – RJ, 25 de Março de 2007)

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Pedestal

março 15, 2007 at 10:11 pm (Minhas lamúrias)

Pedestal

E em um mundo tão insano e vil, encontro
Tão doce criatura, com um cheiro de ternura
Que traz à boca um doce e suave sabor de felicidade.

Uma pele branca e suave como o brilho da lua,
Um olhar brilhante e vivo como os raios do sol,
Um doce agir, um doce falar, uma doce maneira de ser e enxergar.

Se fosse flor, seria uma rosa e teria espinhos
Para impedir que machucassem suas tão belas pétalas.
Teria sido plantada em local distante e inalcansável
Para que sua beleza fosse admirada, mas protegida sem jamais ser tocada.

Os olhos, são como um lago de água limpa e cristalina,
Em um paraíso, um lugar perfeito…Onde mergulhar
É o mesmo que sentir todas as alegrias da vida…Juntas,
Como se fosse a primeira vez.

(Marcelo Henriques Cortez – RJ, 15 de Março de 2007)

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Transcende

fevereiro 14, 2007 at 1:28 am (Minhas lamúrias)

Feito agora…

Transcende

A memória falhando, esvaindo…O que restou não passa de imagens congeladas, emolduradas em sangue
Que dor? Que medo? Que certeza? Nada mais resta, apenas a inércia em que me encontro
Inerte…Não sei onde, e à espera…Não sei de que
Tento organizar os pensamentos com o pouco de lucidez que me resta, tento formular palavras, frases
Mas nada sai além de um gemido interrompido pela falta de força…Que agora não sinto mais.

A escuridão, o frio, essa umidade e o cheiro de mofo
Cada qual de distinta forma mexe com meus sentidos, com o pouco que me resta deles
Essa sensação de não sentir nada…essa leveza na alma, esse peso no coração
Os sons estão longe, não consigo dizer se são risadas ou lamentos
O frio aumenta, a umidade também…Esse odor de sangue…Que agora não sinto mais.

Luzes, sombras, figuras desformes, falta de foco, enxergo apenas turvo
Quanto tempo me resta? Quanto tempo se passou?
Por quanto tempo irá durar este final de morte? Ou início de vida?
Por que não vens logo ao meu encontro?
Qual o prazer do meu sofrer…da minha dor…Que agora não sinto mais.

Finalmente alguém chega, finalmente tudo terá fim
Direi adeus a todos os tormentos de minha vida e também a todas as alegrias
Nada levarei, nem dores e nem sorrisos, começarei tudo de novo…

Um som, uma voz, algo que não consigo entender
Esse calor em minhas mãos, em meu peito, em minha boca
Essa pressão suave em meus lábios, esse cheiro inebriante…

Um pouco de força e por reflexo abro os olhos
Mas a luz confunde a vista embaçada, quem é?
Apenas um vulto ainda, mas amo-te, doce rosa…

(Marcelo Henriques Cortez – RJ, 13 de Fevereiro de 2007)

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Putrefato

fevereiro 1, 2007 at 3:08 pm (Minhas lamúrias)

Putrefato

 O céu acima e o mar, seu espelho, abaixo
Cúmplices em sua solidão
Com sua combinação perfeita de luz e escuridão,
Tão perfeita essa harmonia…
Perfeição que me causa inveja.
Contemplo o céu, observo as estrelas…
Gostaria de pedi-las que não brilhassem mais,
Pois o seu brilho somente serve para iluminar a minha solidão.

 Esse vazio em que me tornei,
Nada mais quer se não continuar vazio.

 É tua felicidade ver minhas lágrimas?
Então brinda-as como quem brinda a chegada de uma nova vida,
Aquece-te com o frio em minha alma
como se fosse um cobertor para teu corpo,
Ilumina-te com a minha escuridão e segue assim tua vida,
Teu medíocre jeito de viver, de respirar.

 Sente apodrecer teu corpo tal qual tua alma,
Sente o veneno que passa em teu coração e corrói tuas veias.
Sente a fraqueza tomar-te por completo.

(Marcelo Henriques Cortez – RJ, 06 de Janeiro de 2007)

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